
Você já viu alguém sentar em uma cadeira ergonômica e, ainda assim, sair do expediente com dores nas costas? Acredite: isso é mais comum do que parece.
A ergonomia verdadeira vai muito além do mobiliário. Ela envolve postura consciente, pausas, movimento corporal e educação funcional. Neste post, a Flick Saúde explica por que sua empresa precisa olhar para a ergonomia de forma mais completa — e não apenas como um item de compras no escritório.
Por que a cadeira certa não resolve tudo?
A ideia de que “basta comprar uma boa cadeira” para resolver os problemas ergonômicos é um dos mitos mais comuns nas empresas. Embora o mobiliário adequado seja um fator importante, ele não substitui a educação postural.
Erros comuns que ocorrem mesmo com mobiliário correto:
Sentar na beira da cadeira ou escorregar na base
Manter os ombros elevados ou rígidos por horas
Deixar os pés suspensos, sem apoio
Apoiar incorretamente os punhos ao digitar
Inclinar a cabeça para frente por causa da tela mal posicionada
Esses comportamentos, repetidos diariamente, sobrecarregam músculos, articulações e a coluna, levando a dores, tensões e lesões — mesmo em ambientes aparentemente “ergonômicos”.
A ergonomia como comportamento, não só estrutura:
Ergonomia é ciência do movimento humano no ambiente de trabalho. Ela precisa considerar o funcionamento real das pessoas, seus hábitos, rotinas, limites e adaptações — e não apenas os móveis.
Fatores-chave que influenciam a ergonomia além da cadeira:
Postura ao digitar, atender chamadas e usar o celular
Tempo sem pausas para alongamento ou descanso ocular
Organização da estação de trabalho
Nível de estresse e tensão muscular acumulada
Hidratação e condicionamento físico
Ergonomia não é móvel, é hábito.

O que sua empresa pode fazer para mudar isso?
Ações eficazes de ergonomia vão além da compra de equipamentos. Elas envolvem formação, conscientização e ações regulares de cuidado corporativo.
Estratégias práticas:
1. Realize avaliações ergonômicas periódicas
Identifique vícios posturais e adapte os espaços com foco na realidade da equipe.
2. Invista em campanhas educativas e dinâmicas
Use palestras, oficinas e conteúdos para engajar colaboradores na mudança de comportamento.
3. Aplique ginástica laboral e pausas ativas
Movimentos simples e rápidos reduzem tensões e ativam a musculatura.
4. Treine líderes e gestores para observar sinais de sobrecarga
Um olhar atento pode prevenir dores e afastamentos.
5. Promova uma cultura de autocuidado e movimento
Estimule que as pessoas se movimentem, ajustem a postura e busquem ajuda preventiva.
A cadeira certa é um bom começo — mas não é suficiente. Ergonomia que realmente transforma começa com educação, hábitos conscientes e uma cultura de bem-estar ativa no ambiente de trabalho.
Se sua empresa busca produtividade, saúde ocupacional e um ambiente humanizado, precisa olhar para além do mobiliário.



